Em busca de alimentos mais saudáveis, pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro desenvolveram novo tipo de biscoito integral.
A base do biscoito integral é feita de uma farinha multicereais de milho, arroz e sorgo e o recheio é de abacaxi, açaí ou goiaba.
O resultado é um produto sem glúten, sem adição de corante ou aroma e com teor reduzido de calorias.
A Embrapa está em busca de parceiros para colocar no mercado os biscoitos de cereais integrais com recheio de polpa de frutas brasileiras.
O novo biscoito utiliza grãos integrais de arroz, milho e sorgo, com casca e gérmen. A farinha multicereais resultante é rica em fibra alimentar, fundamental para regulação intestinal.
O maior desafio tecnológico enfrentado pela equipe, contudo, foi obter estabilidade do recheio de frutas sem adicionar gordura.
“O ponto alto desse biscoito é a utilização de frutas tropicais em seu recheio, como goiaba, abacaxi e açaí, em vez de chocolate e outros ingredientes calóricos, encontrados no mercado. Por serem frutas de grande aceitação, agregam aos biscoitos aroma e sabor, além de nutrientes como fibras, minerais e vitaminas”, afirma Virgínia da Matta, pesquisadora da Embrapa.
Pelo fato de o novo biscoito ser um produto diferenciado comparado aos ofertados no mercado, especialmente devido à ausência de gordura em sua formulação, foi realizada a avaliação de aceitação dos consumidores para os três sabores: goiaba, abacaxi e açaí.
O biscoito integral de goiaba apresentou o maior índice de aceitação dos consumidores em relação aos demais, seguido pelo biscoito de abacaxi e de açaí.
Os biscoitos recheados atualmente disponíveis no mercado encontram-se na categoria de alimentos de conveniência, porém com alta densidade calórica e pobre em nutrientes.
Esse tipo de alimento está cada vez mais presente no hábito alimentar de crianças e adultos, apesar dos elevados índices de gorduras saturadas, açúcares e sais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem relacionando o crescimento do número de doenças crônicas não transmissíveis, como o aumento da pressão arterial, diabetes e obesidade, ao aumento do consumo desses tipos de produtos, associado ao baixo consumo de alimentos saudáveis e à falta de atividade física.
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Aline Bastos – Embrapa – agroindustria-de-alimentos.imprensa@embrapa.br
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